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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

RECAÍDA MALDITA... Hoje, gente foi difícil não fumar.

Hoje, gente foi difícil não fumar. Estive com o trocado para comprar um ‘maldito’.

No caminho para um de meus afazeres da tarde, topei com uma amiga – colega de trabalho – com seu ‘maldito’ em mãos, aceso, e... a vontade de pedir um só não foi maior pelo fato de ela gostar de cigarro do Paraguai – um tal de YES, com I acho, mas como é de onde é, nem vou me estressar com a escrita do inglês correto, se bem que em se tratando de nome próprio, qualquer porcaria de nome pra um cigarro que não paga imposto. Me segurei firme e apenas a cumprimentei como de costume. Mas deixei transparecer que eu estava com a pilha fraca, nem lhe apertei a mão, como de costume. Meu pensamento foi até aonde compraria o tal maldito que paga imposto e aonde eu o fumaria posteriormente, senti o aroma do café e o conforto de casa. Gente, como o pensamento é rápido e as sensações acompanham tais imagens. Como não se satisfazer com o cigarro entre os dedos, a tragada e a fumaça saindo por entre a boca e o nariz??? E empestando todo o ambiente?

Segui para minhas tarefinhas.

As cumpri logo, e usei o resto do tempo para adiantar umas coisitas de trabalho, de estudo, de hobby, e de lazer – de prazer. E a energia foi se restabelecendo [ainda bem que as minhas pilhas são recarregáveis, rsrs]. E basta dar uma olhadinha no Face nos amigos de longe, nos de perto, nas pessoas queridas, e até mesmo, pensar naquelas pessoas não tão queridas por nós, pois aí descobrimos que mesmo quando estamos frágeis, sem força, e nos deparamos com pessoas que já nos magoaram, ou nos humilharam, ou nos desprezaram, tentamos ser – parecer – fortes, para não nos deixar sofrer novamente.

E ao chegar em casa, resolvi ir visitar a minha filha (a Janes) e minha avó, a mãe dela (a dona Maria), pois ambas moram em frente à minha casa. Fui lá tentar um pouco de acalento de vó e filhas adotivas, ver o galinheiro e o pé de chuchu, e uma conversa boa. Mas elas não estavam. Cheguei em casa, ainda meio fraca, e tentei tomar emprestado o minimodem com minha irmã, para atualizar meus escritos. Mas, ela me cortou. Bem, confesso que eu já não estava mais com vontade de fumar, mas eu senti uma fome repentina de doce. E, deja vú [cê já viu!]! Bem, o bolo de pedra já havia acabado. Todas as caldas e recheios também. Havia um pouco de sorvete de creme com abacaxi e tinha um quarto de lata de leite condensado virgem (pra não falar a marca famosa do leite condensado) e ainda um pouco de chocolate granulado. O estrago na dieta foi grande.

Entretanto, não me rendi ao ‘maldito’. Neste caso da fissura – vontade de fumar – poder-se-ia dizer que “há males que vem pro mal” mesmo, pois apesar de eu não ter fumado, me entupi de doce... mas acabou. Agora só tem legumes, verduras e frutas, na geladeira. [Não sei porque algumas pessoas têm que associar a cenoura ao cigarro. Eu já estou abolindo o café, o açúcar, o chocolate (com muita dificuldade, uma vez que eu sempre arrumo de fazer a 8ª MARAVILHA DO MUNDO - meu bolo de chocolate!), e agora, como se não bastasse o sofrimento, terei que abolir também a cenoura do minha dieta, uma vez que ela é uma associação quase direta ao cigarro???] . O levedo de cerveja já fica ao lado do filtro. Toda vez que vou tomar água, ou que passo pela cozinha, me lembro de tomar um copo de água com uma colherzinha deste pozinho que ajuda na desintoxicação da nicotina e do açúcar.

E no decorrer de minhas atividades, ainda não havia me recuperado totalmente e então, tentei algo que é perfeito para dias tristes e de baixa serotonina. Fui colocar uma seleção de músicas bem animadas e que são passiveis de serem cantadas. Isto é, músicas que estão dentro de minha tessitura vocal, e de cantores e cantoras que lembram o meu timbre. Músicas em Espanhol, Inglês, Francês, Italiano e Alemão. Músicas e vídeos que passam por diferentes estilos musicais e performances vocais. Desde a tão amaldiçoada Adriana Calcanhoto, até Mozart e Épica. Até mesmo tem espaço nesta terapia para chorinhos, musicais, quartetos, solos, duos. Intérpretes brasileiros, estrangeiros, cantando músicas estrangeiras, brasileiras. Colocações populares e eruditas, sob diferentes aspectos.

E enquanto esta mistura enchia o ambiente com sua contagiante alegria que a música sozinha pode proporcionar, eu estava fazendo mais um afazer que adoro fazer enquanto canto. Certa vez, pedi a um amigo que ele me definisse em uma frase. Tarefa difícil até para mim. Mas, ele, sábio e simples como é, disse-me: “Você é a menina que canta enquanto lava louça”!

Gentem!!! eu jamais teria tido tamanha sabedoria para perceber isso. Sim, eu canto muito quando lavo louças ou roupas e até já coloquei um porta música a frente de onde fica a pia ou o tanque. Bem, não é o ideal, nem suficiente, é claro, mas, para se estudar a letra, pensar na interpretação das palavras, idealizar a execução, pensar o que será necessário para melhorar uma parte ou outra, isto é de fato, muito benéfico. Além de eu poder me livrar do estresse, me encho de alegria, tenho ótimas ideias, e ainda faço o serviço chato de casa.

E gente, mesmo com a cabeça tão cheia de coisas pra pensar, pra fazer, é possível ainda elaborar um texto para o blog/face e ainda fazer as coisas de maneira sustentável. Prestando atenção na torneira, para desligar na hora certa, otimizando o sabão e/ou o detergente, e cuidando para que as louças fiquem bem limpas, sem causar a seu braço uma LER. Eu me atento para com a alternância dos braços, e se minha coluna está ereta, e se meu corpo não está pendendo para algum lado, se estou tensa, ou franzindo a testa.

Tais observações e cuidado consigo é uma condição sinequanon para a construção de seu eu como um todo. Caso a gente não fique ligado com estas questões, algum sintoma de coisa pior pode muito bem, trazer algum malefício para a própria saúde. Fui percebendo ainda que a vontade de fumar passou por completo. Também, com tanto doce – você pode ter pensado isso, eu também! ririri... Mas ficar atento a tudo e a todos os sintomas e sensações e pensamentos, e emoções, ainda é o mais sensato a se fazer quando se está vivendo um dia de cada vez apos deixar de ser parasita de uma situação.

Enfim, deslizes e recaídas fazem parte do aprendizado da vida, mas temos, no entanto, que recorrer aqueles estratégias que nos trazem de volta à luz, à alegria de viver...

Obrigada e abraços a todos... e todas...


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