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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Surpresas das noites de Carnaval para quem não aprecia o Carnaval!!!

Poema escrito, criado e elaborado por Lúcia Helena de Souza, euzinha, portanto, caso queiram utilizá-lo favor citar o meu nome. Obrigada!

EM NOITE ENLUARADA

Em noite enluarada, no centro ando descalço...
Penso, fugindo e faminto... Olho para o lado
Procuro um abrigo...
A noite lamacenta me impede de vagar como em outras noites...
De súbito, tão perto, vejo o cemitério,
Tão logo, soluciono meus problemas...
Eis o melhor abrigo: a minha cova!
À sete palmos da Terra imunda.

A pedra impede a entrada de estranhos...
Enfim, seguro!!!

Ouço ruídos, olho ao redor...
Vejo os vermes que se aproximam...
Penso não estar livre daquela corja – a verve e vil sociedade de quem fugia...
Eles avançam por toda parte
Sugam-me, corroem-me, exploram-me...
Não me deixam em paz nem na hora de minha morte...

Quero lutar, mas entrego-me aos vermes.
Não sou mais um homem...
Estou só e sou só mais um verme – um verme social.

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Poema escrito, criado, elaborado e enfatizado por Lúcia Helena de Souza, euzinha, portanto, caso queiram utilizá-lo, favor citar o meu nome. Obrigada!

Um comentário:

  1. Esta música expressa tudo o que o poema diz e mais ainda, vai além, pois discute a hipocrisia, sem no entanto se entregar à corrupção do ser. Nela, o eu-lírico clama pela reflexão, de uma maneira intensa, dinâmica e muito artística, pois mistura uma gama de vozes e instrumentos e estilos, facilitando assim a assimilação da questão em si. Abraços, espero que gostem!!! Se quiserem acompanhar, a música é do grupo Épica, e se chama Cry for the Moon.

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