É difícil, muitas vezes, fazer parte desta minoria, pois a questão do social, do humano, do Ser, se torna cada vez mais debilitado e fragmentado que impossibilita uma evolução conjunta de consciência humana e coletiva.
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Muitas vezes... quando percebo isto cada vez mais próximo a mim, penso em mudar de atividade profissional, abandonar o que sou para passar para o LADO NEGRO DA FORÇA.
Eu até já disse a minha terapeuta que queria ser uma pessoa NORMAL - ela, no entanto, não concordou, mas entendi que havia me expressado mal. Quando disse que gostaria de ser normal, disse no sentido de ser COMUM, de não ter tantos talentos, de não ser tão sensível ou então, não ter me conscientizado tanto das coisas... queria ser mais IGNORANTE - para não sofrer tanto com a falta de humanidade alheia.
Hoje, percebo que eu em minha infância, fui um tanto mediana, talvez até medíocre muitas vezes, e não porque eu quisesse, mas por não ter tido mais oportunidades, mais grana ou mais atenção dos meus pais, porém, isto fez com que eu corresse atrás de algo que me tornasse especial, acima da média, autêntica e sapiente. E agora, quando estou chegando ao auge destas habilidades, sofro, e quero voltar a ser comum, ter uma vida simples e normal.
Talvez, agora, no grande boom da tecnologia, consigo fazer uma Lucia fake e consiga viver uma nova vida baseada na "normalidade", ou "mediocridade" que tanto almejo. [e ao mesmo tempo não sei se a almejo ou se na verdade quero expurgar dos outros].
Sei que é bem complexo. E para ser esta "pessoinha", eu teria que fazer muitas coisas das quais detesto e que me fazem sofrer tanto. É um dilema!!! Mas, de verdade, eu nunca estou satisfeita com as coisas que faço, com as coisas que me acometem, então fico imaginando como seria se eu não fosse a somatória de quem sou hoje.
Sempre um DILEMA e sempre um MAS...
Este MAS me importa muito...
Pois, seria como deixar de existir.
Abandonar minha essência...
Des-evoluir. Anular o que já conquistei - a duras penas...
... é quase como nascer novamente.
E este processo de fazer coisas na contra-mão é tão difícil que quando eu menos pensei ter um comportamento tal qual meus colegas de escola, percebi ter tolhido a criatividade consciente de alguns alunos ainda pré-adolescentes, colocando-os no espaço entre o achismo e a ignorância, repetindo uma sequencia de métodos ortodoxos e antigos que já não se devia existir mais na educação atual. Reproduzi tudo aquilo contra o qual eu luto diariamente com armas precárias e quase pus tudo a perder. Todo o trabalho de formiguinha lesma e eu fui perceber somente depois da aula.
Graças a Deus que percebi, pois se não, aí sim, eu estaria acabada, virando uma pessoa NORMAL, MEDÍOCRE, COMUM.
E a isso, eu sei, sinto e penso que não posso ser um SIMPLES DILEMA E SIM UMA CERTEZA DE QUE A DUVIDA DO PRÓPRIO DILEMA ME FAZ REFLETIR SOBRE OS PRÓS E OS CONTRAS SOBRE COMO LIDAR COM ESTA IMBECILIDADE EGOÍSTICA QUE ASSOLA NOSSA SOCIEDADE, AMIGOS E ATÉ, ALGUMAS VEZES, NOSSOS FAMILIARES.
Abraços dilemantes e ainda incomuns, Morena Sosa Luz... Guten Morgan e Have a nice week...
.... mas não prá dizer que eu não acredito mais em você." (Vapor Barato - Gal Costa com Zeca Baleiro)
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